A falta de professores e a situação de calamidade na qual está imersa a nossa escola provocou nos alunos um sentimento de indignação e revolta. Naturalmente, saímos às ruas de forma espontânea, sem a intervenção de partidos políticos ou instituições vinculadas ao mesmo, para protestar e exigir do Estado o cumprimento dos deveres que lhe cabem. Através desse ato, provamos para a sociedade que os estudantes não morreram, estão mais alertas do nunca. Assutamos as autoridades. Sem saber o que fazer diante dessa situação inesperada e visivelmente abalados, enviaram as forças de repressão, a Polícia Militar, para tentar conter esse levante estudantil, de cunho essencialmente social. A polícia insatisfeita e despreparada agiu de forma truculenta, agredindo os alunos que bloqueavam o tráfico na avenida princiapal. Graças a presença dos apratos midiáticos, a ação repercutiu a níveis jamais imaginados. O efeito dominó instaurou-se e as mobilizações estão apenas começando, escolas de todo o estado estão saíndo às ruas sedentas por direitos. A pertubação no sistema provocou o despertar das massas, que estão apenas erguendo-se na noite escura dos excluídos. O amanhecer se aproxima.
Um viva aos estudantes de toda a Bahia!
Por Tadeusz P.
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